Roberto James
Administrador e Mestre em Psicologia, professor, palestrante, especialista em comportamento do consumidor, especialista em logística, colunista das principais revistas do mercado.
O impacto da IA nos sistemas apresentados na NACS
A NACS SHOW é o maior evento de lojas de conveniência e postos de combustíveis do mundo. Algo surpreendente que vale sempre uma visita com olhar aberto e com mente disposta a vagar pelas novidades e inovações apresentadas. Espantou-me a pouca quantidade de brasileiros presentes na feira.
Dentre as inovações mais importantes podemos destacar o uso da IA nos sistemas de postos de lojas de conveniência. Já sabemos que o IA, IA generativo ou o uso de ferramentas de busca mais avançadas tem se propagado, mas no Brasil isso ainda parece novidade. Outra coisa que me chamou a atenção foi a naturalidade do tratamento do tema.
Não vi nada sendo exposto como se fosse “a última nova” do momento, como se a descoberta fosse mudar completamente o mercado. Ao contrário, as mudanças proporcionadas pelo avanço dessas ferramentas têm sido de forma natural e bem recebidas pelos revendedores e varejistas norte-americanos.
Isso tudo me faz lembrar que, na nossa cultura, não se valoriza muito a questão sistema, e muito pouco se usa das suas funcionalidades. Os sistemas ou softwares para postos e lojas de conveniência do Brasil estão no topo das inovações tecnológicas existentes. Mas o que se vê são poucos revendedores usando seus potenciais.
Lembro-me muito bem de um revendedor contando que estava numa apresentação, em um evento promovido por um sindicato, quando viu a empresa que ele havia contratado para o sistema de seu posto, falar de uma funcionalidade que ele achou interessante e queria ter essa ferramenta, mas não sabia que seu sistema a tinha.
Nas grandes redes é mais fácil ver essa mega utilização dos sistemas porque as equipes são mais preparadas e focadas em resultados. Utilizam seus fornecedores ao máximo e por isso tem muita aplicação no dia a dia, mas na revenda menor, vemos uma subutilização dos sistemas e ferramentas de controle. Não totalmente, visto que os sistemas brasileiros são muito avançados como disse anteriormente. Às vezes fica difícil mesmo acompanhar tanta evolução.
Quando se trata de ser competitivo, é preciso ter as condições e ferramentas que possibilitem isso. Não se trata da conta simples de comprar por 10 e vender por 30. Mesmo que seu lucro bruto ultrapasse a casa dos 100% você pode estar tendo prejuízo, devido a complexidade do mercado, economia, custos fixos e variáveis, impostos e a folha de pagamento.
Estamos falando de índices básicos de controle que podem possibilitar a boa gestão. Você precisa ter controle de taxas bancárias, conciliação de recebíveis, controles de gestão de vendas, conexão com negócios derivativos como troca de óleo, vendas na pista e loja de conveniência. Ou seja, não se trata só de emitir notas fiscais, controlar entrada e saída de caixa e fazer o LMC, tem muito mais na gestão profissional que compete ao revendedor.
Mas o que o revendedor pode fazer? Como controlar isso tudo se nem tem tanta intimidade com esses índices e variáveis? Tentar controlar no feeling? Esperar a conta final do mês para verificar o que ficou na conta? Será que essa forma "tradicional" de gerir um posto ainda funciona? É um risco enorme confiar nas decisões por experiência. O mercado muda a cada dia e às vezes capota.
Seguem algumas dicas para o revendedor não perder o trilho da inovação:
1. TEM QUE ESTAR ANTENADO. Isso significa ir aos eventos, assistir e ler conteúdo dos influenciadores do mercado. O velho bate papo de networking com os concorrentes para entender a nuances do que está acontecendo.
2. COLAR NA SUA EMPRESA DE SISTEMAS. Eles mais que ninguém estão antenados com as mudanças de mercado no que tange o sistema. As demandas deles são de todos os lados e com isso sempre estão um passo à frente da revendo no quesito informação.
3. CONTRATE GENTE CAPAZ. A gestão de números e processos é chata, demorada e muito fácil de cometer erros. Não adianta ter um gerente altamente comercial e pedir para ele fazer conciliação, cobrança, análise de dados financeiros. Mesmo que seu negócio não seja grande como uma rede, ter pessoas capazes é primordial.
Importante diferenciar despesa, custo de investimento. Ter pessoal qualificado, sistema bom, não é despesa ou gasto, é investimento e precisa ser dos bons para se ter bons resultados. Não adianta aquela frase de que um fusca leva você ao mesmo lugar que uma Ferrari. A questão é o tempo que se perde e as oportunidades.
Nas minhas palestras abordo sempre temas como esses: Consumidor, energia e logística, mudanças de mercado e comportamento de consumo, novos combustíveis e inovações tecnológicas. Contrate uma palestra específica para sua empresa, seja presencial ou on-line. Não deixe que o tempo e as inovações passem por cima do seu negócio.
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Roberto James
Autor e Mestre em Psicologia
Especialista em comportamento do consumidor