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Roberto James

Administrador e Mestre em Psicologia, professor, palestrante, especialista em comportamento do consumidor, especialista em logística, colunista das principais revistas do mercado.

Impacto da política de preços da Petrobras no mercado


O VERDADEIRO TIRA CASACO, BOTA CASACO!

Depois de 6 anos de governo tentando sanar os rombos provocados pelos governos anteriores, voltamos à estaca zero. Voltamos ao modelo de interferência nos preços da Petrobras, só que agora com um dificultador: a Petróleo Brasil S/A não é mais a detentora do monopólio de refino, apesar de ainda ter uma influência gigantesca.

Quanto à revenda, não haverá problemas em se adaptar à volta do controle de preços disfarçado utilizado pelo governo que está sendo chamado de “desdolarizar” o preço do petróleo no Brasil. O argumento técnico é infalível: a Petrobras extrai em real, deve vender em real.


POR QUE O CONSUMIDOR É A FAVOR DESSE CONTROLE?


Muitos revendedores também o são, fácil explicar. Quem já viu uma palestra do Errejota já ouviu a expressão “Consumo Secundário”, isso mesmo, em resumo quer dizer que o consumidor compra um produto secundário de forma obrigada e que não gera prazer em consumir. Neste caso podemos concluir que ele está se lixando se o preço é controlado ou o mercado é livre, o que importa para ele é que seja barato.

Em pesquisas já realizadas são quase unânimes os resultados que indicam que o consumidor prefere que a Petrobras controle os preços nas bombas de combustíveis. Vivemos altos e baixos de commodities e a flutuação internacional tira qualquer um do sério. O cidadão não consegue entender que o aumento da renda proporcional a essa flutuação seria uma saída. Nem sempre o aumento de renda significa aumento de salário, mas de poder de compra.

Não consigo enxergar problema em se ter uma petroleira estatal que controle os preços para minimizar os aspectos de renda da sua população, visto que o petróleo que é produto chave dessa empresa pertence a todo o povo. Parece simples assim, mas não o é. O problema é a carga de malfeitorias que já aconteceu com quem se aproveitou desse modelo antes e quase conseguiu quebrar a Petrobras.


SE A PETROBRAS CONTROLAR O PREÇO COMO FICAM OS ACIONISTAS?


É importante lembrar que o governo brasileiro, ou seja, o povo brasileiro é o maior acionista da petroleira. Isso significa que a opinião dele ou deles deve ter muito impacto nas resoluções das empresas. Se o povo conclama que quer o controle, o governo deve transformar esse desejo em realidade, visto que o poder emana do povo e o mandato foi dado por eles para que cumpram sua vontade.

Dá para se fazer isso sem criar um problema na bolsa de valores e jogar o país no buraco? Claro que sim. Desde que seja feito da forma correta. Sem detalhar muito, basta dizer que os dois principais fatores que mais impulsionam os investidores são: transparência e previsibilidade.

Se a política da Petrobras for debatida com os acionistas, ela pode dar um prazo para que eles aceitem ou não. Se tiverem votos de maioria para barrar a nova proposta de precificação, tudo fica como está, mas se não tiver, terão tempo para vender suas ações e ir para outro lugar. Quem comprar as ações já vai conhecer como funciona a política de preços, os subsídios etc. Então terão a opção de comprar ou não.

Claro que os atuais investidores irão bradar, irão reclamar, porque a PB simplesmente bateu recordes de pagamentos de dividendos recentemente. Mas devemos lembrar que o acionista majoritário da Petróleo Brasil S/A é o povo brasileiro. Que tal perguntar a ele o que acham dessa nova modalidade?


O QUE O REVENDEDOR DEVE FAZER NA PRÁTICA?


Independentemente do resultado, a gestão de preços ainda é um aspecto fundamental no processo de se tornar competitivo. Já vimos e quem me acompanha sabe que não se consegue agregar valor à produtos de commodities. Você consegue agregar valor e confiança ao seu serviço de entrega dessa commodities.

Continuar buscando informações de mercado mais especializadas como a Stone, Valêncio para se manter informados e entender os rumos do mercado de commodities.

Coloque o consumidor no centro da sua estratégia. Comprar barato é importante, mas a maioria consegue fazer. O que poucos conseguem é ter um atendimento diferenciado, um atendimento sensitivo.

Olhe sempre para o seu concorrente. Evite copiar suas ações. Seus clientes abastecem com você e também conseguem enxergar seu concorrente, se não abastecem com ele é porque você tem diferencial. Foque nisso, foque no seu cliente e não no concorrente.

Fique de olhos abertos para a inovação. Frequento feiras do setor pelo menos uma vez por ano. Use 1h por dia para se atualizar de conteúdo e não leia todos os jornais, seja seletivo.

Nas minhas palestras abordo temas como esses. Consumidor, centralidade, mudanças de mercado, inovações tecnológicas. Peça ao seu sindicato para convidar o Errejota para seus eventos, contrate uma palestra específica para sua rede, seja presencial ou online. Não deixe que o tempo e as inovações passem por cima de você.

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Além disso, estou aqui no blog do webPosto sempre abordando temas como esse.


Roberto James

Autor e especialista em comportamento do consumidor